28 de nov. de 2016

Patagônia Argentina - Parte 5


15/11
A van passou cedo no meu hostel e fomos para o Parque Nacional Tierra del Fuego. A entrada foi $130 (residentes do Mercosul). Paramos na estação do trem do fim do mundo. Algumas pessoas resolveram pegar o trem. Eu e o resto do grupo seguimos viagem até a estação final do trem. Aproveitamos o tempo para andar um pouco. Quando o trem chegou, subimos todos na van e fomos para os pontos de interesse do parque. Estava chovendo e fazendo muito frio, então foi uma vantagem ter ido de excursão, mas seria muito tranquilo ir por conta própria. Paramos para tirar foto no Lago Roca e na Bahia Lapataia. Paramos no centro de visitantes que tem duas exposições: uma sobre a fauna e flora do parque e outra sobre os povos indígenas que viviam na região. Um dos pontos estava bloqueado por causa da neve do dia anterior. O passeio foi legal, mas as paisagens não foram tão surpreendentes. Talvez a chuva tenha atrapalhado, talvez El Chalten tenha elevado meus níveis de exigência, não sei.
Voltamos para Ushuaia por volta de 1:00 da tarde. Estava chovendo e fazendo muito frio. Comprei duas empanadas e uma cerveja numa lanchonete e fui almoçar no hostel. Desisti de sair naquela chuva e fiquei conversando com meu colega de quarto: um suíço muito gente boa. De repente, começa a nevar! Fiquei tão empolgada! E o suíço achando graça da minha empolgação. Passei o resto da tarde conversando com amigos. À noite, fui ao Dublin Pub. Eu pedi um drink e batata frita, o tipo de coisa que adoro comer em bar.
Indo para o PNTF

Ushuaia - Alaska: 17.848 Km

Neve!


16/11

Último dia! Mais uma vez acordei cedo, deixei minha mochila arrumada fora do quarto do hostel e fiz o check out. Fui até o porto de Ushuaia, troquei meu voucher por um ticket do passeio pelo Canal Beagle, paguei a taxa de embarque e entrei no barco. Era um catamarã grande, com dois andares, lanchonete. A medida que ele ia se afastando do porto, as paisagens iam ficando mais bonitas. Dava para ver Ushuaia rodeada de montanhas, várias ilhas, aves marinhas, lobos marinhos, o famoso farol. Foi um passeio muito bonito e super agradável, apesar do frio do lado de fora do barco. O passeio não é demorado e desembarcamos perto do meio dia. Como eu já tinha feito o check out e o transfer só iria me buscar às 18:00, tinha muito tempo livre. Resolvi gastar todos os meus pesos, já que não valeria a pena trazer nenhum peso de volta. Peguei um taxi ($145) da San Martin até o Cerro Martial. Ele me deixou no centro de visitantes, a partir dali, só a pé. Já tinha neve ali, mas a medida que ia subindo, ia ficando mais lindo. A paisagem era deslumbrante, parecia coisa de filme. Um bosque de árvores altas cobertas de neve. Tinha um pequeno riacho correndo pelas pedras. Não fui até o final porque começou a nevar (!) e não queria me molhar muito, pois iria pegar o avião com aquela roupa. Fiquei cerca de uma hora e foi suficiente para brincar um pouco na neve. Desci para o centro de visitantes e dividi um taxi com um casal americano até a San Martin ($45). Enrolei o que deu para enrolar com o dinheiro que sobrou (não dava para entrar em nenhum museu): fiz um lanche, fui num mercado comprar alfajors. Voltei ao hostel para pegar minha mochila e aguardar o transfer. Estou lá bem tranquila, conversando com a Anna (a super hiper mega simpática “dona” do hostel) quando chega a Karie, a canadense que dividiu o quarto comigo em El Chalten. Foi engraçado, eu com cara de “te conheço de algum lugar” e ela “olha só quem está aqui!”. Conversamos um pouco e logo chegou o carro que iria me levar até o aeroporto. A viagem de volta foi bem tranquila. Tive que mudar de aeroporto novamente em Buenos Aires e, mais uma vez, fui na Tienda Leon pagar a reserva que tinha feito. Cheguei em Brasília por volta das 7:30 da manhã do dia 17/11 com várias fotos e estórias para contar!  
Ushuaia


Lobo Marinho

Farol do Fim do Mundo
Cerro Martial




Cerro Martial

Patagônia Argentina - Parte 4

12/11
Acordei mais tarde, já que meu ônibus de volta para El Calafate só iria sair às 11:00. Não animei de fazer nenhuma trilha mais leve, até porque as principais trilhas curtas eu fiz no dia anterior. Cheguei em El Calafate por volta das 14:00. Fiz check in no hostel, fiz umas compras no mercado e fiquei de bobeira. Não tinha muito o que fazer na cidade, uma vez que já tinha ido ao parque ver o Perito Moreno e não queria fazer nenhum outro passeio. Reservei um transfer para me levar ao aeroporto no outro dia. Se eu soubesse o tanto que El Chalten é bacana, teria pego o ônibus de 19:30 para chegar em El Calafate apenas às 22:30.
8/14

13/11
O transfer chegou no horário e depois buscou mais algumas pessoas e deixou todo mundo no aeroporto. Peguei meu voo para Ushuaia. Dica: para ter uma vista linda das Cordilheiras dos Andes, sente no lado direito do avião. Como eu reservei 3 passeios com os Brasileiros em Ushuaia (ou Brasileiros no Fim do Mundo), eles me deram o transfer de ida e volta do aeroporto. Assim que saí do desembarque, tinha um cara segurando a plaquinha com meu nome. Ele foi me explicando várias coisas sobre Ushuaia até chegar ao hostel Cruz del Sur. Eu vou fazer um post só sobre os hostels que fiquei nesta viagem, mas preciso dizer: que hostel maravilhoso! Deixei minhas coisas no quarto e fui andar na cidade. Fui até o porto, tirei algumas fotos, andei na San Martin (por que todas as avenidas principais se chamam San Martin?), fiz um lanche, troquei um dinheiro (melhor câmbio que vi na viagem: Hotel Antartida Argentina). A maioria dos restaurantes colocam o cardápio do lado de fora do estabelecimento, o que acho excelente, assim você já tem ideia do que pedir e o preço. Olhando os cardápios, vi um prato que me chamou a atenção: ravióli de salmão, preço: $160. Daria uns R$40,00, não achei caro, uma vez que qualquer sanduiche na San Martin é na faixa de R$30,00. Quando entrei vi que o restaurante era todo chique e eu com cara de mochileira esfomeada. Pedi o prato e o garçom perguntou qual o molho. Eu perguntei quais eram as opções. Ele me trouxe o cardápio onde listava os molhos com os respectivos preços, que variavam de R$15 a R$30 reais, ou seja, meu prato seria R$40,00 + R$20,00 do molho que pedi. Deveria ter desconfiado que R$40,00 estava muito barato. Resolvi pedir o prato assim mesmo porque ainda não estava achando caro, já que esse prato (ravióli de salmão com molho de cogumelos) seria o mesmo preço aqui em Brasília. Ele ainda veio com uma cesta de pães e patê de queijo com ervas. O prato era bem servido, o que me fez levar boa parte para comer mais tarde no hostel. Voltei para o hostel, tomei banho e fui dormir.



Cordilheiras dos Andes

Ushuaia: Fim do mundo

14/11
Hoje é dia de pinguins! Acordei cedo e fui até o stand da Pira Tour (única empresa autorizada a fazer o passeio terrestre na pinguinera). Lá eu troquei meu voucher que os Brasileiros em Ushuaia me enviaram por email por um “pass card” da Pira Tour. Aguardei o ônibus que sai de lá mesmo e pé na estrada. Depois de mais ou menos 1:30, chegamos na estância. Paramos para ver uma árvores distorcidas pelo vento e logo em seguida fomos divididos em dois grupos. O meu grupo foi primeiro para um museu pequeno, mas interessante. Lá você tem um tour guiado sobre os esqueletos achados na ilha: aves e mamíferos marinhos. Fomos para uma cafeteria onde tudo é caro (e a novidade?), mas eu levei meu lanche! Depois pegamos um barco rápido e com 10 minutos estávamos na ilha dos pinguins! O passeio é rápido, mas suficiente. Não se anda muito, mas dá para ver vários pinguins (vi duas espécies) e outras aves da região. Vimos as tocas, ninhos, ovos, brigas, pinguins entrando e saindo da água, tomando sol. Foi incrível! Você chega bem próximo a eles, mas não pode tocar.

Retornei a Ushuaia por volta de 14:30. Fiquei andando na cidade, carimbei meu passaporte no centro de visitantes, olhei algumas lojas. Voltei para o hostel, comi o resto do ravióli e fui dormir.  






Patagônia Argentina - Parte 3

11/11
Acordei com aquelas dores musculares que você tem no dia seguinte a uma malhação puxada. Imediatamente descartei a trilha da Laguna de Los Tres que havia planejado para hoje porque ela era mais longa e mais difícil do que a da Laguna Torre. Decidi fazer a trilha dos miradores de los condores e das aguilas pela manhã. É uma trilha muito mais curta e mais leve. Ela começa no centro de visitantes do parque. Em determinado momento, tem uma bifurcação: para a esquerda é o mirador de los condores e para a direita a das aguilas. Fui primeiro para a esquerda. Dos condores se tem uma vista da cidade, das montanhas e do rio de Las Vueltas. Estava um pouco nublado, então não dava para ver o FitzRoy. Depois fui para a das Aguilas. De lá se tem a vista da Baía Túnel no Lago Viedma. Subi em umas pedras para ter uma visão 360°, mas depois desci um pouco porque o vento estava muito forte. Não tinha mais ninguém lá, então eu consegui ficar completamente sozinha pela primeira vez na viagem. Foi uma sensação tão maravilhosa: estar sozinha, naquele frio, naquele lugar. Parecia que tudo aquilo era meu. Passei um bom tempo ali antes de voltar para o hostel. Fiz um lanche e fui descansar.
Por volta das 14:00, fui fazer a trilha do Salto del Chorillo. Esta trilha você pode fazer de carro até a cachoeira ou ir andando a partir da cidade, pela rua San Martin, na direção norte (contrária ao terminal de ônibus). A trilha também é tranquila, sem esforço. O único problema é que a primeira parte se faz ao longo da estrada e, de vez em quando, quando passa um carro, levanta poeira. A cachoeira é bonita, mas nada muito impressionante.

À noite, fui jantar num restaurante com a minha colega de quarto do Canadá. Apesar dos preços absurdos de El Chalten, pedi uma pizza e uma cerveja. A vantagem é que a pizza era grande e pedi para embrulhar para a viagem o que sobrou, pois só consegui comer metade. Isso foi uma coisa recorrente na viagem: pedir para embrulhar a comida que sobrou. Comida em restaurante é cara na Patagônia, mas eu não estava muito no clima de cozinhar nos hostels. Então sempre que achava um prato muito grande, comia metade e pedia para levar o restante (“puêdo xêvar?”). Guardava na geladeira do hostel e esquentava para a próxima refeição. Desse modo, até que os restaurantes não ficaram tão caros.

Los Condores

Trilha Miradores

Las Aguilas

El Chalten

Trilha Salto del Chorillo

Salto del Chorillo
  

Patagônia Argentina - Parte 2

10/11
No outro dia, acordei cedo e fui para a rodoviária pegar o ônibus para El Chalten. O ônibus saiu sem atraso de El Calafate às 7:30 e chegamos por volta de 10:30 em El Chalten. Antes de chegar na cidade, o ônibus para no centro de visitantes do Parque Nacional Los Glaciares (El Chalten fica dentro do parque) e todos têm que descer e escutar uma pequena palestra (inglês ou espanhol) sobre o parque, as trilhas, os animais e o que pode ou não fazer. Depois continuamos para o terminal. De lá dá para ir a pé para qualquer hospedagem em El Chalten, na verdade, você faz tudo a pé.
Fiz check in no hostel Lo de Trivi. É um hostel bem simples, parece uma casa com vários quartos. Não tem café da manhã, mas tem duas cozinhas. Fica no final da rua principal, um pouco “distante” do terminal de ônibus. Deixei minha mochila no quarto e fui para Laguna Torre. São 9km de trilha, somente ida. Fui e voltei em 6 horas, parando para comer e para apreciar a paisagem.
Em qualquer lugar da cidade, você consegue um mapinha das trilhas com informações de distância e tempo (leve em consideração que as informações podem ser de apenas um trecho, ou seja, ida e volta é o dobro da distância e do tempo indicados).
São duas opções para começar a trilha da Laguna Torre, a entrada sul e a norte. A sul é bem melhor sinalizada e não tão isolada. O começo é a parte mais puxada, pois é subida. Chegando no Mirador Torre (quase 3km), você tem uma vista linda para o Cerro Torre. Muita gente aproveita para descansar e comer alguma coisa. Depois do mirante, a trilha é bem tranquila, sem grandes subidas ou descidas. As paisagens são lindas! Tem rio, montanhas, campos. Estava um dia bonito, quase sem nuvens, sol brilhando e não estava fazendo muito frio.
Quando finalmente cheguei, fiquei em estado de glória! A laguna Torre é linda! A paisagem é muito diferente de tudo que eu já tinha visto. E ainda tinha o sentimento de “eu consegui chegar até aqui!”. Parei para apreciar tudo aquilo, para descansar, fazer um lanche, encher a garrafinha de água.
Pontos importantes: As trilhas possuem uma espécie de “banheiro químico” a cada mais ou menos 3km. A água do parque é potável, então basta levar uma garrafinha com água e, se acabar, ir enchendo nos rios e lagos (não precisa levar 5 litros de água). Leve lanches! Passe protetor solar. Vá com camadas de roupas, pois o dia pode esquentar ou esfriar muito rápido e você fica muitas horas nas trilhas.
Cheguei no hostel por volta de 18:00. Tomei um banho, comi um lanche e fiquei na área comum conversando com algumas pessoas e descansando.

Trilha Laguna Torre

Trilha Laguna Torre

Laguna Torre


Patagônia Argentina - Parte 1

Diário de Viagem! 
Obs: todos os preços estão em peso argentino ($) ou real (R$)
09/11
Cheguei em Buenos Aires meia noite. A imigração foi tranquila, perguntaram quantos dias eu ia ficar e escanearam meu polegar. Após a área de pegar a bagagem despachada, há diversos stands de transfers e taxis. Fui direto no stand da Tienda Leon e paguei o transfer que havia reservado ($200 pesos). O ônibus saiu 1:00 da manhã, parou em um terminal em Porto Madero e chegou no aeroparque às 2:30. Despachei minha bagagem (o check in deste trecho já tinha sido feito em Brasília) e fui esperar o voo. O voo entre BsAs e El Calafate foi tranquilo, serviram alfajor havana e bebidas. O aeroporto de El Calafate fica distante da cidade e me pareceu que os preços para ir até a cidade eram tabelados: taxi $480, ônibus $160. Decidi dividir um taxi com um alemão e uma americana que conheci quando estava esperando o voo em Buenos Aires. Eles também estavam viajando sozinhos e preferiram rachar o taxi, já que sairia o preço do ônibus.
Durante o caminho até a cidade, o taxista ofereceu nos levar para o parque nacional de Los Glaciares por $1.800 ($600 para cada). Topamos por que era por volta das 8:00 da manhã e nossos check ins nos hostels eram na parte da tarde.
A entrada do parque é $250 para quem é do Mercosul. Lá você anda por umas passarelas de metal com algumas escadas e observa bem de perto o Glaciar Perito Moreno. É incrível! Ele tem 40 metros de altura e, pelo menos na época em que fui, alguns blocos de gelo estavam caindo na água. Em El Calafate, os principais passeios são com esse Glaciar: você pode ir ao parque, pode ir de barco, pode caminhar sobre ele. Dependendo do passeio, tem que reservar antes com uma empresa. O parque possui 4 trilhas de cores diferentes, as melhores vistas do glaciar são das trilhas vermelha e amarela.
Saímos do parque e o taxista deixou cada um em seu respectivo hostel. Eu fiquei na Hosteria Patagônia. Não é um hostel e nem um hotel. É algo mais para uma pousada. Resolvi ficar lá porque precisaria de um quarto só para mim na primeira noite. Sabia que não ia conseguir dormir nada com esses voos de madrugada e queria descansar muito para o que viria a seguir. Gostei de lá, é bem simples, mas tudo limpo com um café da manhã agradável.

A tarde fui passear na rua principal da cidade e pesquisar os horários e preços de ônibus até El Chalten na rodoviária. Uma empresa fazia ida e volta por $1200, com horários livres para pegar o ônibus, mas acabei fechando com a TAQSA que fazia ida e volta por $1000, mas com horários fixos.
El Calafate é uma cidade bonitinha, mas não tem muito o que fazer. A rua principal possui lojas e restaurantes. Tem um mercado que aceita cartão de crédito. 
Perito Moreno

Restaurante charmoso

Primeira casa de El Calafate

Patagônia Argentina

 Vou pular algumas viagens menores (depois eu volto nelas) para postar minha última viagem. Isso mesmo: um post de uma viagem recente! Uhuuuu
Agora em novembro fui para a Patagônia Argentina. Foi minha primeira viagem totalmente sozinha, a primeira vez que fiquei em quarto compartilhado em hostel e a primeira de mochilão. Nem preciso falar o tanto que estava ansiosa!
Achei um voo da LATAM que ia de Brasilia a Ushuaia com uma conexão em El Calafate e comprei com o stopover. Para quem não sabe, stopover é quando você “quebra” a sua conexão. Minha passagem de ida era assim: Brasilia – Buenos Aires – El Calafate – Ushuaia. Tudo com apenas algumas horas de intervalo. Decidi quebrar o último trecho, ao invés de esperar algumas horas em El Calafate para pegar o voo para Ushuaia, esperei 4 dias.
Outro detalhe era que eu tinha que mudar de aeroportos em Buenos Aires. Eu chegaria no Ezeiza (que é o grande, afastado do centro) e o próximo voo era no Aeroparque (próximo ao centro). O trajeto é longo, ou seja, fica caro se for de taxi. Reservei um translado de ônibus pelo site Tienda Leon. Eles não aceitam pagamento de cartão de crédito que não seja argentino, então optei por pagar em dinheiro na hora ($200 pesos o trecho).
Reservei toda hospedagem e alguns passeios de Ushuaia já do Brasil.
Meu cronograma ficou assim:
8/11 21:10 – voo saindo de Brasília
9/11 00:05 – chegada em Buenos Aires (aeroporto Ezeiza)
        Pegar ônibus entre aeroportos (Tienda Leon)
        04:10 – voo saindo de Buenos Aires (aeroporto aeroparque)
        07:35 – chegada em El Calafate
        Parque Nacional: Glaciar Perito Moreno
        Hospedagem: 
10/11 ônibus para El Chalten
          Hospedagem:
          Trilha: Laguna Torre
11/11 Trilha: Fitz Roy
12/11 Trilha: Mirador
           ônibus para El Calafate
           Hospedagem:
13/11 09:50 – voo saindo de El Calafate
          11:10 – chegada em Ushuaia
          Hospedagem:
14/11 Passeio: ilha dos pinguins
15/11 Passeio: parque nacional
16/11 Passeio: barco - canal Beagle
          19:55 – voo saindo de Ushuaia
          23:15 – chegada em Buenos Aires (aeroporto aeroparque)
          Pegar ônibus entre aeroportos (Tienda Leon)
17/11 04:15 – voo saindo de Buenos Aires (aeroporto Ezeiza)
          08:45 – chegada em Brasília
Por enquanto é isso. Daqui a pouco teremos o diário da viagem. 

26 de nov. de 2016

Amsterdã ~ Bélgica ~ Paris - Parte 5

7/3
Eu tinha programado um dia para ir em alguma cidade perto ou até mesmo Roterdã, mas já estava apaixonada por Amsterdã e não tive coragem de pegar um trem para lugar nenhum. Fomos andando até uma feira que diziam ser bacana. Não achei nada demais, algumas coisas para turistas, algumas coisas da china e comida. Comprei uma bota legal por €15,00, moletons com o nome “Amsterdam” e stropwaffles. Voltamos ao hotel para guardar nossas compras. 

Fomos andando até o centro porque a Cla queria comprar algumas coisas. Por ser sábado (muita gente de outros países da Europa vai passar o fim de semana em Amsterdã), o centro estava mais lotado do que o normal. Andamos muito pelas ruas, entramos em várias lojas. Fomos na mesma loja de waffle do primeiro dia. Encontrei um colega de trabalho na Dam square! Passamos por uma feira de flores. Chegamos ao hotel e descansamos um pouco. A tardinha saímos para fazer compras no mercado e tiramos foto nas letras “I Amsterdam”. 

Saímos à noite para a mesma praça do dia anterior. Queríamos ir para alguma balada, mas só começavam depois das 23:00. Então sentamos numa mesa do lado de fora de um pub e pedimos algumas bebidas. Estava tudo muito parado (o povo só sai bem mais tarde) e resolvemos entrar no pub. Lá dentro era outra coisa, muita gente nova, som alto, bem mais animado do que do lado de fora. Sentei no bar e a Cla ficou dançando atrás. Muitos caras puxaram papo, mas ela sem saber inglês era só palhaçada. O cara que estava sentado do meu lado começou uma conversa comigo. Um grupo de ingleses ficou dançando com ela. Fui servir de intérprete, mas eles estavam muito bêbados, riam demais e derrubavam copos. Resolvi deixar pra lá e voltei a falar com o carinha do meu lado. Ele falou que era da Ucrânia. Isso despertou meu interesse (quando que eu iria conhecer alguém da Ucrânia? Talvez eu nunca vá para lá!).  Por volta de meia noite saímos atrás de uma balada. A que a gente queria ir estava com uma fila imensa e estava muito frio. Resolvemos ir no bar/balada ao lado, não tinha fila e era só um euro para entrar. Tinha uma banda de rock tocando. A Cla subiu numa mesa de sinuca querendo tirar fotos. Não lembro muita coisa dessa parte, mas me recordo que estava tentando tomar conta dela e me divertir ao mesmo tempo. De repente ela botou na cabeça que queria comer, que estava com muita fome. Uma hora da manhã fomos ao restaurante da costelinha. Ela comeu um prato inteiro sozinha! Lá falamos com outras pessoas, ela fazendo as palhaçadas dela. Resolvi voltar para o hotel porque ele não era tão perto e, se ela capotasse, eu não daria conta sozinha. No meio do caminho, encontramos um grupo de franceses e ela queria achar um espanhol ali. Finalmente chegamos ao hotel e capotamos. A noite foi meio surreal, mas muito divertida. A Cla é ótima!!! 

Amsterdã

Cla

8/3
A Cla não acordou, então tomei café e fui andar no Vondelpark sozinha. Que parque lindo! Vários lagos, árvores lindas, aves diferentes. Passei a manhã lá observando a natureza e aproveitando o sol. Por volta de meio dia voltei para o hotel para encontrar a Cla e irmos almoçar no Hard Rock. Comemos muito e ela quis voltar ao hotel para descansar. Eu resolvi comprar o ingresso e visitar o Rijksmuseum. Ele não é muito grande e o acervo é praticamente de artistas do norte da Europa. Há algumas obras-primas, mas nada que duas horas não sejam mais do que suficiente. Gostei porque há um aplicativo gratuito do museu que disponibiliza “tours guiados”. Há diversas opções: por tempo do tour, por tipo de obras. Ele mostra o caminho que você tem que fazer dentro do museu (virar a esquerda, subir escada, etc), assim como explicações das obras. Se você não quiser fazer um tour, pode usar o aplicativo para ouvir a explicação de uma obra específica (caso ela possua uma numeração). Saí do museu e fiquei um pouco na praça em frente (onde tem as letras “I Amsterdam”). Queria ir no museu Van Gogh, mas estava super cansada. Pensei: “já vi o meu quadro favorito de Van Gogh no MoMa em NY, já vi diversos quadros dele no MET, Louvre, D’Orsay. Outro ponto, com certeza eu irei voltar a Amsterdã. Então posso deixar o museu para outra vez”. Assim voltei para o hotel e combinei com a Cláudia que iria dividir o taxi com ela para o aeroporto. Isso significava que teria que acordar umas duas horas mais cedo do que o necessário, ou seja, umas 4 da manhã. Não daria para ficar até tarde na rua, saímos apenas para jantar num restaurante super fofo perto do hotel. Melhor salada da minha vida!
Vondelpark

Vondelpark

Vondelpark




9/3

Acordamos de madrugada. Eu estava com tudo pronto, só tomei banho e enfiei a roupa de dormir na mala. Descemos por volta das 5 da manhã e tinha um mini café da manhã só para a gente (que hotel fofo!). O nosso taxi era uma mercedes linda, com motorista de terno e gravata (apesar da cara de sono, me senti chique). Ao chegar no aeroporto, tivemos que ir para terminais diferentes (meu voo era da KLM e o dela AirFrance). Não nos despedimos porque achei que iria encontrá-la depois, o que não aconteceu. Trocamos algumas mensagens e cada uma pegou seu voo de volta ao Brasil. O voo foi tranquilo. Sentei na janela, uma menina sentou no corredor e o assento do meio ficou vazio. Chegando em Sampa, o povo da receita estava pegando todo mundo que estava viajando sozinho e mandando para o raio-x. Peguei meu voo para Brasília e finalmente casa! Que viagem maravilhosa! 

Amsterdã ~ Bélgica ~ Paris - Parte 4

4/3
Acordamos tarde e fomos andar pela ilha e St. Louis (várias lojas de coisas bonitinhas, tomamos sorvete mesmo no frio), Illê de La Citê, Notre Dame, Panteão (o pêndulo não estava lá) e Jardim de Luxemburgo. Começou a chover e decidimos pegar o metrô de volta ao hotel. Almoçamos lá perto e foi a primeira vez que comemos mal na viagem. Estávamos super cansadas. A Cla resolveu descansar no hotel e eu fui andar sozinha pelo bairro: Place des vosges, Pompidou, Republique. À noite fomos jantar num restaurante na rua dos pubs. Gostei do hambúrguer.

Notre Dame

Lojinha 

Metiers


5/3
Cla estava morta e decidiu ficar no hotel. Eu também estava, mas criei coragem e fui andar sozinha. Resolvi voltar ao Louvre, desta vez teria mais tempo e estaria mais vazio. Foi ótimo andar sozinha por lá. Fiquei 5 horas! Vi várias coisas, andei no meu tempo, sem pressa, sem me importar em passar vinte vezes pela mesma sala. Achei uma sala onde se pode tocar nas estátuas. Adorei! Voltei ao hotel por volta das 15h e arrumei a mala (iríamos embora no outro dia e minhas coisas estavam uma bagunça só). A Cla ficou andando pelo bairro do hotel e descobriu diversas lojas bacanas e outras coisas (pena q esse já era nosso último dia). Saímos às 16;30 para Montparnasse. Compramos o ticket para subir na torre de Montparnasse (único prédio alto no centro de Paris) e fomos comer um crepe na rua das creperias. O crepe salgado estava normal, mas o doce estava divino! Tomamos um vinho e fomos para a torre. A vista é linda. Não é uma vista central como a da Torre Eiffel, mas dá para ter uma vista de Paris com a torre Eiffel. Fizemos o mesmo esquema de antes, subimos ainda de dia e esperamos a noite. O pôr-do-sol foi lindo! Vimos a Torre Eiffel acender e a lua cheia estava linda também. Voltamos para o hotel, comemos umas coisinhas que compramos no mercado. Chegamos a ficar um pouco no bar no hotel e só.
Louvre - sala tátil

Vista do Louvre

Melhor crepe!

Vista da Torre de Montparnasse

Vista da Torre de Montparnasse



6/3

Sem pressa, nos arrumamos e fizemos o check-out do hotel. Adorei o tempo que ficamos em Paris, o hotel era agradável (apesar do quarto minúsculo) e conseguimos descansar das diversas viagens dos primeiros dias. Fomos para a estação de trem Gare du Nord, tomamos café por lá e esperamos nosso trem que sairia às 12:00 para Amsterdã. Chegamos em Amsterdã por volta das 15:00. O clima estava muito melhor do que quando chegamos (ou talvez já estivéssemos nos acostumado com o frio), pegamos um tram até o hotel. O hotel era super perto da parada de tram, fizemos o check-in e fomos passear. Não tínhamos nada programado, então resolvemos ir até o Vondelpark, um parque grande que ficava por perto. Passamos por ruas residenciais (o bairro era muito mais tranquilo do que o movimentado e turístico Red Light District das primeiras noites). Chegamos ao parque e já estava anoitecendo. Tiramos algumas fotos e fomos para a Leidseplein. A praça é onde a noite acontece, há bares, pubs, restaurantes, coffeshops. Fomos para um coffeshop bem avaliado. Experimentei o "bolinho". O efeito demora mais de uma hora para aparecer e eu não senti muita coisa. Comemos num restaurante que tem uma costelinha deliciosa (ou já era o efeito do bolo?) e depois sentamos numa mesa do lado de fora do pub, com aquecedor e cobertor. Estávamos com sono e fomos para o hotel por volta de meia noite.
Vista do hotel em Amsterdã

Vondelpark 

Leidseplein

Leidseplein