14 de dez. de 2014

Como planejar uma viagem - Parte 3


O QUE FAZER

Às vezes viajamos para não fazer nada, só ficar de pernas para o ar e curtir uma praia. Às vezes viajamos para fazer mil coisas: pontos turísticos, parques, passeios, compras. No segundo caso é bom planejar e ter uma ideia do que se fazer antes de chegar ao destino. Se você não gosta de ter tudo planejado nos mínimos detalhes, pelo menos uma lista do que (e como) fazer é essencial. Algumas cidades já têm seus pontos turísticos mais do que famosos (Pão de Açúcar, Cristo, Copacabana, Maracanã), outras são menos badaladas e, por isso, é preciso saber de antemão o que fazer.
Eu gosto de viajar com o um roteiro que contém, além do que eu vou fazer, como eu vou fazer, horários, etc. Não é para seguir rigidamente, como se fosse um acampamento militar, mas é para me dar uma noção e uma segurança (exemplo: 9:00 – sair do hotel, pegar estação de metrô na esquina, descer na estação X, andar duas quadras: ponto turístico A). Faço isso com base em dicas de amigos, sites com roteiros de viagens, mapas. Esse roteiro serve para eu não esquecer de alguma coisa (na hora posso deixar de fazer, mas não pq eu esqueci) e para não perder tempo tentando achar o caminho.

SITES

Nesses anos de muito planejamento de viagens, conheci diversos sites. Uns são bem gerais, outros mais específicos de cada lugar. Vou deixar aqui os sites que eu mais gosto.
Booking: www.booking.com
Gosto do booking para procurar e reservar hotéis. Nunca tive problemas. O legal é que você consegue abrir o mapa da cidade e pesquisar os hotéis pela localização. É fácil comparar os preços e já tem várias opiniões sobre os hotéis.

TripAdvisor:
O Tripadvisor é ótimo para obter opiniões sobre hotéis, passeios, pontos turísticos. O app do TripAdvisor é ótimo. Você consegue baixar o guia da cidade e tem acesso (offline) a mapas, listas de restaurantes, hotéis e pontos turísticos. Na lista de restaurantes, dá para filtrar por tipo, local, ranking, preço. Recomendo muito! Ele é um pouco grande, mas é só deletar quando voltar de viagem.

Mochileiros:
Nunca fiz um mochilão (sempre pensei em fazer um pela Europa, mas sei lá...), mas acho o site dos mochileiros excelente. É um site brasileiro, mas você encontra roteiros e dicas de todos os cantos do mundo. Lá tem gente precisando de companhia para viajar, perguntando se o planejamento de uma futura viagem está bom ou dando dicas. É em formato de fórum, então é bem colaborativo.

Google:
Parece besta, mas não é. Muita gente me pergunta mil coisas que são facilmente respondidas pelo Google, ou melhor, por sites que aparecem de cara no Google. “onde fazer compras em Orlando?”, “como ir do JFK para o centro de NY de trem?”, “qual é o período de chuva em Fortaleza?”.

Google Earth
Não é um site, é um programa que você baixa e instala no PC. Eu acho que tem um app, mas nunca mexi. Eu adoro mapas, então amo ficar “voado” pelo planeta. São imagens de satélite, iguais ao do GMaps, mas eu acho o programa mais legal. Tem diversos recursos: fotos, régua, marcação de lugares. Eu utilizo para marcar os locais que eu quero visitar durante uma viagem, aí eu tenho uma noção do que fica perto (uso a régua para saber a distância), da melhor localização para o hotel, etc. Eu também marco os lugares que já fui e os que quero ir.

Google Maps
Tem o site e o app. Eu uso o GMaps para planejar meus roteiros, principalmente deslocamentos, seja de carro, a pé, metrô. É muito prático para ver o que tem perto do hotel, principalmente com o Street View. Uma vantagem do app é que você consegue salvar um mapa e acessá-lo offline.

3 de dez. de 2014

Como planejar uma viagem - Parte 2


COMPANHIA

Você toparia levar seus pais para as baladas de Ibiza? Ou seus amigos de farra para ficar horas em um museu? Bem, te digo que nem sempre isso é uma boa ideia. Normalmente a gente viaja com pessoas que temos intimidade e que gostamos, mas isso não significa que temos os mesmos interesses e vontades.

Quando fui para Cancun, eu queria muito ir em Chichen-Itzá, sítio arqueológico maia. Falei para meus amigos que seria um passeio longo (2 horas de ônibus para ir), talvez chato (para eles) e bem cultural, nada a ver com a vibe de praia e festa que meus amigos tanto gostam.
Quando estava em Munique, estava rolando uma festa gay na praça: palco, música, tendas de comida e bebida. Estava doida para ficar na festa, mas minha mãe fechou a cara e não quis nem saber, me puxou para o hotel e lá eu fiquei.

O interessante é tentar conciliar o interesse de todo mundo. Se não der para fazer tudo o que todo mundo quer, que as pessoas não liguem se cada um for para um lado. Por exemplo, não é ruim ir a Paris com uma pessoa que só quer ir para museus e outra que só quer balada, desde que elas não liguem de cada uma seguir seu próprio roteiro.

EXCURSÃO X CONTA PRÓPRIA

Esse ponto gera muita dúvida para os marinheiros de primeira viagem. Cada maneira de viajar tem seus pontos positivos e negativos, vou listar alguns:

Excursão
Positivos: você não se preocupa em reservar hotéis, em programar passeios, em ir do aeroporto ao hotel (a maioria tem transfer). Faz passeios que nem sabia que existia.
Quando fui de excursão para a Europa passei em cidades lindas que não sabia da existência, fiz passeios que seriam complicados de arranjar por conta própria. Em 17 dias, passei por 7 países, 9 ou mais hotéis, diversas cidades. Seria muito complicado organizar tudo isso. Visitei Limone Sul Guarda, uma cidade italiana linda, fica ao pé das montanhas à beira de um lago, nem sabia que existia. Visitei o museu do campo de concentração de Dachau, Alemanha. Sou fascinada pela 2ª Guerra Mundial, então esse passeio foi muito emocionante e especial, lógico que teve gente que não gostou nem um pouco. Foi super corrido, apenas passei nos lugares, mas deu para ter um gostinho de cada um e já sei para quais cidades irei voltar!
Negativos: você não tem muita liberdade para fazer coisas que não estão na programação da excursão, há passeios “extras” com preços “extras”. Você depende muito das outras pessoas, se alguém atrasar, todo mundo tem que esperar. Tem horário para tudo. Às vezes você quer ficar mais ou quer ir embora mais cedo, não dá, a não ser que você abandone a excursão. Você fica um pouco preso, acaba tendo que fazer coisas que não tem interesse ou deixando de ver o que gostaria.
Em Lisboa, a excursão não iria passar no Padrão do Descobrimento, como estava perto, decidi abandonar a excursão e ir por conta própria para o Padrão, Castelo de São Jorge e depois para o hotel. Em Paris, o tempo no museu do Louvre foi muito curto. Tivemos um dia livre em Roma, a excursão vendia um passeio para Nápoles e Pompéia nesse dia, mas minha mãe queria ir a Assis. Então decidimos ir por conta própria a Assis. Foi ótimo, mas coloco isso no ponto negativo porque tive que arranjar tudo (trem, ônibus, mapa).

Os pontos positivos e negativos de ir por conta própria são os opostos de ir com excursão.
Resumindo, excursão é uma mão na roda, é prática, é fácil, é boa para quem não quer trabalho, quem vai viajar para o exterior pela primeira vez e está com receio de arranjar tudo ou não falar outro idioma.
Ir por conta própria é ótimo. É bom para quem se dispõe a organizar uma viagem (passagens, hotéis, passeios), quem conhece a língua, quem quer ter liberdade.
Eu prefiro ir por conta própria. Adoro organizar viagens, planejar datas, passeios, ver mapas, escolher hotel... Gosto de fazer as coisas no meu tempo, assim fico 1 dia inteiro em apenas um museu ou faço 6 parques de Orlando em 3 dias. Por outro lado, há lugares que são "complicados". O Egito está na minha lista, mas acho que me sentiria insegura se fosse por conta própria. Essa será uma viagem que farei de excursão.